Primeira publicação dos "Abortos de Cioran".


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Já dizia os sábios versos de Renato Russo: "Platão prá quê? Se é quem querer? Quem é que vai, nos proteger?". Realmente... Platão, para quê? Se os difamadores de Epicuro já na Antiguidade acusavam o filósofo de exceder-se nos prazeres e que o mesmo andava ébrio pelas ruelas, Platão não estava ainda mais chapado de orfismo? Muita polêmica, muita confusão...

Para um filósofo que inventou estar doente para não assistir ao seu mestre, Sócrates, beber a cicuta com gelo e uma fatia esperta de limão, coragem não lhe foi lá a virtude mais acentuada... E olha que falamos de gregos! Talvez não seja tão surpreendente encontrarmos um filósofo covarde inventando algo como o Hiperurânio, entretanto é imperdoável para toda a humanidade que a historiografia filosófica tenha se detido tanto em Platão, Plotino, tudo o que deixa qualquer pensador sério muito Pluto da vida.

Enfim, é com rigor acadêmico que este livro é apresentado ao grande público, muito diferente do conhecimento estupidamente "esotérico" que também o Plutão de Atenas (Plutão, afinal ele pode ser um astro, mas nunca será um planeta!) mantinha aos seus coçadores-de-saco. 

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